12 de out. de 2010

EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO: PIOR DO QUE TÁ FICA!


Desde 1997, quando o governo iniciou a reestruturação da rede, temos alertado que os ataques iriam se intensificar. No entanto, é comum ouvir, ainda hoje, que não dá pra nossa situação ficar pior.
Pois bem, as leis 1093, 1094 e 1097/09, precarizaram a situação e dividiram a categoria. Depois disso, o governo acabou com as prorrogações de licenças médicas.
Agora, quando todos os aprovados na provinha do ano passado, esperavam não ser obrigados a fazê-la, vêm a nova bomba.
Os editais de algumas Diretorias de Ensino para a atribuição de aulas de 2010, apontam que todos os categoria F, que utilizaram o tempo para compor os pontos na atribuição de 2009, deverão novamente fazê-la. Ou seja, o governo está descumprindo o que diz a lei 1093/09 , e dessa forma tenta impor que as provas dos anos seguintes, sejam optativas, apenas para o/a professor/a que atingir os pontos necessários, exclusivamente na prova). A resolução DRHU 56/2010, (texto na p. 3) não deixa clara essa determinação, de toda forma, Goldmann e Paulo Renato dizem que o tempo de trabalho do docente, é irrelevante, reafirmando a meritocracia e a avaliação como eixo da política educacional do governo.
Para os mais precarizados, Categorias L, O ou candidatos a contratação, a situação ainda é pior. Todos devem fazer a prova, independente do resultado do ano anterior, ou seja, mesmo que tenham acertado 50, 60, 70 questões, serão obrigados a, novamente, fazer a prova.
Paradoxalmente, não há professores suficientes na rede e o governo não investe na melhoria das condições da escola pública do Estado de São Paulo. Sem falar no absurdo de se pagar irrisórios R$ 6,84 por aula para PEB I e R$ 7,92 para PEB II.
Somente com nossa pressão é possível fazer o governo recuar.
Não Podemos nos enganar. Quando falamos de governo, pior do que está, é muito possível ficar.

Fonte: Contraponto– Outubro/ 2010 - Oposição Alternativa

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