26 de jun. de 2010

APEOESP se reune novamente com a Secretaria da Educação!

Reunião ocorrida no dia 22/06/10 entre a APEOESP e a secretaria da educação, com a participação do secretário Paulo Renato

Novamente tratou-se de uma reunião meramente protocolar, sem nenhuma das nossas reivindicações atendidas e com a manutenção da postura da secretaria de se esquivar dos problemas reais que atinge nossa categoria.

Em relação aos assuntos tratados os encaminhamentos foram os seguintes:

RETIRADA DAS FALTAS DA GREVE: O secretário, diante de nossas posições, informou que vai consultar a procuradoria do estado e o jurídico da secretaria e dará um retorno.

PAGAMENTO DAS AULAS DE REPOSIÇÃO: Informamos que há diretorias que estão encaminhando o pagamento por aula e não por dia, o que caracteriza um desconto maior do que o valor reposto. Protocolamos os casos que chegaram até a APEOESP e a secretaria se comprometeu a corrigir, pagando por dia.

ESTÁGIO PROBATÓRIO: Sobre a contagem de faltas do período da greve para avaliação do estágio probatório a secretaria deu o mesmo encaminhamento da questão da retirada das faltas da greve, ou seja, vai consultar o jurídico da secretaria.

CONCURSO: Insistimos que a quantidade de cargos é insuficiente e que deveriam abrir novos. O secretário disse que os cargos criados não levou em consideração as novas jornadas e que esperam criar mais cargos para o próximo ano, com a jornada reduzida.

Expusemos que diante do número de aposentadorias previstas para o próximo período a quantidade de cargos criada não irá alterar em nada a situação, com um número grande de temporários.

A secretaria irá manter o cronograma que publicaram sem nenhuma alteração.

ESCOLA DE FORMAÇÃO: O curso de formação será 100% à distância e a bolsa será de 75% sobre 40 horas/aula. Segundo o secretário o aumento no valor da bolsa será para compra de computador para que o professor possa cumprir às 20 horas de curso por semana. O curso terá apenas 3 encontros que ocorrerão na diretoria que o professor fez inscrição.

ASSÉDIO MORAL: Relatamos que os casos de assédio moral tem crescido em demasia na rede e que é necessário uma postura da secretaria no sentido de inibir tal prática. O secretário fez cara de paisagem e disse desconhecer o fato, solicitando que encaminhemos para a assessoria da SE os casos que temos conhecimento.

Enfim sobre reajuste de salários informou que não há nenhuma proposta do governo.


Silvio - Oposição Alternativa

Leia também no Fax Urgente 6110:


4 comentários:

  1. Prof. Neide30/6/10 09:34

    Tenho a impressão de que é a APEOESP quem esta nos enrolando, se é para conversar o que ja foi cansativamente conversado e voltar com resposta nenhuma melhor não ter reunião e partir para o embate jurídico, não somos idiotas estamos ouvindo a conversa de que o secretário vai consultar fulano e beltrano e nada, a verdade é que somos pacíficos demais estou a ponto de me desfiliar, levei um caso ao jurídico da subsede sul que encaminhou para a central isso no dia 01/06 e até agora nenhum dos dois tiveram a preocupação de dar uma resposta, em minha escola ninguém quer nem ouvir falar em sindicato como posso defender uma entidade que se demonstra despreparada e não corresponde as espectativas do professorado,estou indignada com o descaso a incompetência e arrogâmcia dessa presidenta e da diretoria que a cerca ( Pelegos) que se vendem por benefícios políticos. Outra impressão que tenho é a de que nossa presidenta esta em campanha eleitoral e esta pouco se lixando com o professorado. Enfim minha pergunta a vocês é: O que pode ser feito? existe algo a ser feito? ou devemos esperar por um milagre?

    Obrigada

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  2. Bom Dia Professora Neide !
    Primeiramente agradeço a participação em nosso espaço de debate, só assim construiremos um verdadeiro sindicato; participativo, combativo e vencedor!

    Professora Neide o magistério paulista não obteve nenhum ganho significativo amparado unitariamente na justiça. Muito pelo contrário, a grande maioria das vezes, foram nossas lutas nas greves, nas paralisações que desencadearam ou obrigaram a Secretaria da Educação rever suas (dês)políticas para a educação em São Paulo. Foi através dessas lutas que conquistamos o Estatuto do Magistério, o plano de carreira entre outras conquistas, que hoje estão perigosamente ameaçadas.
    Cabe salientar que paralelamente a essas lutas nunca lançamos mão do nosso “braço” jurídico para cobrar nossos direitos. Essa ultima greve não foi diferente.
    Éramos 60.000 em plena Av. Paulista demonstrando para a sociedade brasileira os problemas da educação paulista, e ao mesmo tempo nossosos advogados agiam legalmente para desconstruir as armadilhas impostas pelo governo paulista e tentar reverter os desmandos legais impostos pelos legislativo e executivo paulista.
    Cabe salientar também que A APEOESP subsede Santo Amaro (OPOSIÇÂO ALTERNATIVA – CONLUTAS) não comunga itegralmente com os “ditames” da direção majoritária – arsind/artnova/CUT e CTB, que em nossa avaliação não tem representado efetivamente os interesses dos trabalhadores da educação paulista.

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  3. Reproduzo aqui uma parte do texto do nosso jornal informativo que fez um significante balanço da greve: “Diante de tantos ataques à nossa categoria e do ódio da maioria dos professores ao governo estadual, havia condições de fazermos uma greve forte em todo o estado e começar a derrotar esta política anti-educacional perpetrada por Serra/Paulo Renato e respaldada pelas medidas idênticas adotadas pelo governo federal Lula/Haddad contra os professores e a escola pública.
    A pergunta que fica é porque não foi assim?
    Nossa greve desde o início, apesar da disposição de luta de boa parcela da categoria, expressa nas ações de rua com muitos milhares de professores, principalmente na Paulista, foi parcial na Grande São Paulo e não atingiu todas as regiões do interior. Primeiramente porque, apesar de ter sido votada no final de 2009 na Conferência Educacional, não houve uma política de preparação da greve pela direção majoritária – arsind/artnova/CUT e CTB – que limitou-se aos anúncios formais pela imprensa, o que não ajudou a superar as desigualdades na categoria; um setor importante tinha receio de entrar em greve e acabou não entrando por achar que o governo era mais forte que o nosso movimento.
    O segundo elemento foi a política deliberada de não denunciar o governo Lula/Haddad e sua política educacional – idêntica ou igual a de Serra/Paulo Renato – e fazer uma greve, na prática, apenas para desgastar e denunciar o governo estadual do PSDB.
    Para que fique claro, nós - OPOSIÇÂO ALTERNATIVA, não somos contrários a denúncia e desgaste de um governo que há dezesseis anos destroi a escola pública no estado, mas não denunciar o governo federal abriu espaço para que a mídia tucana no estado e o próprio governo fizessem uma campanha contra nossa greve taxando-a como eleitoral, o que aumentou os temores dos setores de não aderiram ao movimento num primeiro momento e ficaram de fora da greve.
    Por último, e não menos importante, o dever de uma direção sindical é dizer a verdade a categoria, os professores tiveram dois inimigos na greve: os governos Lula/Haddad e Serra/Paulo Renato e suas políticas educacionais. O governo federal respaldou e fortaleceu a truculência do governo estadual ao adotar as mesmas medidas contra os professores e o funcionalismo – e a direção majoritária, por ser vinculada à ele, escondeu isso da categoria.
    O grande desafio para os professores e todos os trabalhadores brasileiros, no próximo período, para levarem adiante suas lutas rumo à vitória é construir uma direção independente de governos e pa patrões, comprometida com as nossas reivindicações; um passo importante nesse sentido é o Conclat – Congresso de Trabalhadores para unificar Conlutas e Intersindical - construindo assim uma central de trabalhadores e movimentos populares para unificar nossas lutas e levá-las à vitória.
    Depois da greve tivemos duas reuniões com os responsáveis pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, mas eles se mostraram inflexíveis”.

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  4. Professora Neide, como percebeu estamos cobrando tanto nossos gestores (Governo Federal e Estadual) como a direção majoritária da APEOESP, e apesar das falas é importante salientar que as providencias legais (justiça) já foram tomadas, mas nosso governador não tem muito apresso as leis. Ele já provou isso na criação das Leis 1094 (prova do mérito que é inconstitucional), na atribuição (no inicio do ano), durante a greve, e agora na não retirada das faltas do prontuário. Nessas ocasiões e em muitas outras acionamos a justiça, mas sabemos que a justiça é lenta.

    Nossas Tarefas
    Diante disso, nós professores temos que manter nossa organização por escola, reafirmar nossa luta por salário, emprego e condições de trabalho e preparar os novos embates que teremos em defesa da escola pública, gratuita e de qualidade para todos.
    Temos que fortalecer a Oposição Alternativa/CONLUTAS, que durante toda greve foi o único setor que denunciou que a política educacional de Serra e de Lula são iguais e que a direção majoritária da APEOESP tem limites para conduzir nossa luta, justamente por ser correia de transmissão da política do governo federal.

    SÓ A LUTA MUDA A VIDA !

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